Com base no órgão consultivo 021/2023, a expressão "consumo imediato" parece direcionada a itens que são efetivamente utilizados ou exauridos no momento do uso ou em um curto período logo após a aquisição. O exemplo de combustível se encaixa perfeitamente nisso, pois ele é queimado durante a operação do veículo, sendo efetivamente consumido ao ser utilizado.
No caso das peças de reposição, a situação é mais complexa. Elas são incorporadas ao veículo e começam a ser utilizadas imediatamente após a instalação, mas possuem uma vida útil prolongada. Elas não são "consumidas" de forma rápida ou imediata, pois desempenham sua função por um período mais longo.
A questão do fórum, então, é válida: se interpretarmos "consumo imediato" de forma mais rigorosa, pode-se argumentar que peças, por terem uma durabilidade maior, não atendem plenamente esse requisito. Contudo, o fato de serem necessárias para a continuidade do funcionamento do veículo e de serem instaladas prontamente após a compra pode justificar, para alguns, uma interpretação mais flexível do termo.
Em síntese, se a interpretação de "consumo imediato" for literal e rigorosa, ela provavelmente se aplicaria apenas a combustíveis ou itens com uso rápido e exaurível. Entretanto, para uma resposta definitiva, seria prudente formalizar essa interpretação junto ao órgão competente, a UDCR/UNERC, dada a possibilidade de diferentes interpretações.